Todas as mortes do caso Celso Daniel
Além do ex-prefeito de Santo André, assassinado em janeiro de 2002, sete homens ligados ao caso morreram
Por
Da redação
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27 set 2016, 18h12
O empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra - 10/12/2003 (Jonne Roriz/Agência Estado/)
Acusado de encomendar a morte do ex-prefeito de Santo
André Celso Daniel, Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, morreu nesta
terça-feira após uma longa batalha contra o câncer. Assim que a notícia
veio à tona, teorias da conspiração começaram a surgir nas redes sociais
levantando dúvidas sobre a causa da morte. Sombra estava internado há
cinco dias e se tratava de uma grave doença – nada há de misterioso,
portanto, em sua morte. Mas, como em um romance policial, o crime contra
Celso Daniel foi de fato seguido por outras sete estranhas mortes que
podem ter relação com o caso. Relembre-as a seguir:
-
1. Carlos Delmonte Printes
(Lawrence Bodnar/Agência Estado)
Médico
legista que emitiu o laudo identificando sinais de tortura no corpo do
prefeito, afirmando que Celso Daniel foi embalsamado - o que
possibilitaria uma autópsia posterior - e que a real data da morte foi
em 19 de janeiro. Printes foi encontrado morto em seu escritório, em
outubro de 2005. A Polícia Civil concluiu que o médico cometeu suicídio
por causa do fim de seu casamento, ingerindo medicamentos que
interromperam sua respiração.
-
2. Dionísio Aquino Severo
(Monalisa Lins/Agência Estado)
Líder
da quadrilha da Favela Pantanal, foi resgatado por um helicóptero do
Presídio Parada Neto, em Guarulhos (SP), dois dias antes do sequestro de
Celso Daniel, do qual participou. Foi preso três meses após o crime e
afirmou á polícia que tinha revelações a fazer. Antes de contar o que
sabia, foi encontrado morto no Presídio do Belém, em São Paulo. Aílton
Freitas, um dos presos que fugiram com ele, disse em depoimento que
Dionísio havia sido resgatado para cumprir a tarefa de "queima de
arquivo" de um "peixe grande" e que o empresário Sérgio Gomes da Silva, o
"Sombra" seria o mandante do crime.
-
3. Sérgio 'Orelha'
(Epitacio Pessoa)
Escondeu Dionísio quando ele fugiu do presídio de Guarulhos. Foi morto a tiros em novembro do mesmo ano.
-
4. Otávio Mercier
(Epitacio Pessoa/Agência Estado)
Investigador
da Polícia Civil que procurava Dionísio após a fuga e conversou com ele
pelo telefone às vésperas do sequestro de Celso Daniel. Foi encontrado
morto em casa também com marcas de tiros.
-
5. Antonio Palácio de Oliveira
(Robson Fernandes/Agência Estado)
Garçom
que serviu o último jantar do prefeito, em uma churrascaria na região
central de São Paulo, do qual Celso Daniel saía com Sombra quando foi
sequestrado. Morreu ao chocar a moto contra um poste quando era
perseguido por dois homens.
-
6. Paulo Henrique Brito
(Adriana Elias)
Testemunha do acidente do garçom, foi morto 20 dias depois.
-
7. Iran Moraes Redua
(Epitacio Pessoa/Agência Estado)
Agente
funerário que reconheceu o corpo de Celso Daniel em uma estrada de
terra em Juquitiba, a 78 quilômetros de São Paulo. Foi morto a tiros em
novembro de 2004.
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